domingo, 5 de julho de 2015

SAMBISTA E ACADÊMICA, COM MUITA HONRA!

Transcrevo aqui uma rápida conversa narrada pelo Professor Salo de Carvalho, (Criminologista, Professor da UFRJ, Pesquisador e escritor), entre ele e um senhor desconhecido no Aeroporto.

- Para acabar com a violência, só prendendo esses menores, não?.
- Qual a sua profissão?
- Médico.
- O senhor não fica indignado quando opinam sobre medicina sem nenhum conhecimento?
- Sim.
- Qual a sua especialidade?
- Criminologia. Respondo e retomo a minha leitura.

Observo e me chateio com opiniões de pessoas que entendem pouco ou nada do riscado, cujo interesse é litigar em causa própria, interesses classistas. Pra esses, sinceramente, torço sim, pelo tiro no pé! (inclusive literalmente).

Tenho visto também, e com muita tristeza, ataques irônicos a acadêmicos e intelectuais por pessoas que muitas das vezes, quando lhes convêm, estão absolutamente confortáveis neste lugar, com seus discursos desconstrutivistas, corrompendo, maculando e subtraindo bens culturais imateriais daqueles que no fundo, eles odeiam e adorariam ver banidos na face da Terra.

Essas pessoas as quais me refiro aqui, preocupam-se apenas em seus próprios interesses e vão adequando seus discursos de acordo com a conveniência; a mim não enganam.

Antes que venham as acusações espúrias, vou logo avisando que não sou, como muitos pensam, jornalista, socióloga ou antropóloga; sou advogada, atuante, especialista em Direito e Processo Penal, Direito Internacional com ênfase em Direitos Humanos, o que me autoriza a comentar, ao menos timidamente, sobre o assunto.

Ué, mas vc pesquisa sobre escolas de samba??? Sim. Sou SAMBISTA e fui PASSISTA por aproximadamente 10 anos pelas duas escolas de samba mais antigas do Rio de Janeiro (Portela e Mangueira) e com muito esforço e resistência, tento levar o Samba para dentro da Universidade, pq algumas interlocuções ainda não são facilmente vislumbradas; mas cultura e direito não são dissonantes. Aliás, o Direito a Cultura é constitucional (art. 215 da CF).

Há de se ter o mínimo de coerência política: não dá pra fazer a populista no SAMBA e a REACIONÁRIA fora dele.

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