segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

INCÊNDIO NA CIDADE DO SAMBA


TRISTEZA NA GRANDE RIO

Confesso e reconheço que vivo marretando a Grande Rio pelas razões que todos já sabem, mas hoje, me solidarizo com toda a escola, e lamento, sinceramente, pelo incêndio que destruiu tudo que havia no barracão.
Por estar lá toda semana, gostaria também de estar agora e poder ajudar de alguma forma. Tive pena do Presidente Helinho, que ontem estava tão feliz no ensaio de rua na Av. Brigadeiro Lima e Silva; pelo mestre Ciça, que tem trabalhado com a maior seriedade e dedicação; por todo o Departamento Musical, liderado pelo Wantuir, todos ontem tão empolgados; pelo povo de maneira geral, que cantou, dançou e aplaudiu a Grande Rio.
Acho que foi o mais grave e mais danoso incêndio já ocorrido num barracão de escola de samba.
Afetadas também foram União da Ilha e Portela, mas para a Grande Rio a perda foi total. Parece impossível reconstruir um carnaval em 20 dias. Já se fala em um desfile simbólico, sem fantasias ou alegorias, apenas a bateria e os componentes, com camisetas da escola.
A Grande Rio tinha esperanças de ganhar o carnaval. Mas agora, talvez nem haja competição, o que será decidido mais tarde, numa reunião com todos os membros da LIESA.
Em meio a uma tragédia, o mais sábio que se pode fazer, é tentar extrair algo de bom, de positivo.

UNIÃO DA ILHA

A União da Ilha da Governador, foi na verdade, a primeira escola de samba onde desfilei, com uma fantasia de baianinha, num enredo que homenageava João Cândido Felisberto, o Mestre Sala dos Mares,(Um herói, uma canção, um enredo: A noite do Navegante Negro, 1985) já antes cantado por Elis Regina.
Foi um negócio meio de última hora, e o próprio carnaval estava atrasado, pois horas antes do desfile, estávamos num barracão – não de escola de samba, mas de candomblé -apanhando oferendas que iriam, discretamente, nos cantinhos dos carros alegóricos. Na bateria Mestre Paulão; na Harmonia, Paulinho e Nivaldo.
Bem, a Ilha era famosa por sua alegria, descontração e improviso, incabível na concepção atual de carnaval; acabou descendo e este ano, depois de amargar alguns anos no grupo de acesso, volta ao especial, mas infelizmente, afetada seriamente pelo incêndio na Cidade do Samba.


PORTELA

A Portela foi, das três escolas, a menos afetada pelas chamas na Cidade do Samba. Nervoso, o Presidente Nilo queria entrar a todo custo no barracão que ainda queimava. Foi contido a muito custo pela PM e pelo Corpo de Bombeiros.
Conseguiram recuperar todos os carros alegóricos, mas perderam fantasias de algumas alas da comunidade.
A Portela não é menina, senhora experiente, certamente saberá se safar com criatividade e empenho dos seus apaixonados componentes.

Avante Portelenses!

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